sábado, 2 de junho de 2012

Biografia de D. Pedro II

Pedro II
Dom Pedro II circa 1887.jpg
Signature Pedro II.png
O Imperador Dom Pedro II aos 61 anos de idade, 1887
Governo
Reinado
Coroação
18 de julho de 1841
Consorte
Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias
Antecessor
Herdeiro
Sucessor
Dinastia
Vida
Nascimento
Rio de Janeiro
Morte
5 de dezembro de 1891 (66 anos)
Paris, França
Sepultamento
Filhos
Pai
Dom Pedro I
Mãe

Dom Pedro II (2 de dezembro de 1825 — 5 de dezembro de 1891), alcunhado o Magnânimo,[1][2] foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo reinado o país durante um período de 58 anos.[A] Nascido no Rio de Janeiro, foi o filho mais novo do Imperador Dom Pedro I do Brasil e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina de Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. A abrupta abdicação do pai e sua viagem para a Europa deixaram Pedro com apenas cinco anos Imperador e levaram a uma infância e adolescência triste e solitária. Obrigado a passar a maior parte do seu tempo estudando em preparação para imperar, ele conheceu momentos breves de alegria e poucos amigos de sua idade. Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período afetaram grandemente o seu posterior caráter. Pedro II cresceu para se tornar um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Por outro lado, ele ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca.
Tendo herdado um Império no limiar da desintegração, Pedro II transformou o Brasil numa potência emergente na arena internacional. A nação cresceu para distinguir-se de seus vizinhos hispano-americanos devido a sua estabilidade política, a liberdade de expressão zelosamente mantida, respeito aos direitos civis, a seu crescimento econômico vibrante e especialemnte por sua forma de governo: uma funcional monarquia parlamentar constitucional. O Brasil também foi vitorioso em três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, aGuerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai) sob seu reinado, assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas. Pedro II impôs com firmeza a abolição da escravidão apesar da oposição poderosa de interesses políticos e econômicos. Um erudito, o Imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e ciências. Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Charles DarwinVictor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard WagnerLouis Pasteur eHenry Wadsworth Longfellow, dentre outros.
Apesar de não haver desejo por uma mudança na forma de governo da maior parte dos brasileiros, o Imperador foi retirado do poder num súbito golpe de Estado que não tinha maior apoio fora de um pequeno grupo de líderes militares que desejam uma república governada por um ditador. Pedro II havia se cansado da posição de Imperador e se tornado desiludido quanto as perspectivas do futuro da monarquia, apesar de seu grande apoio popular. Ele não permitiu qualquer medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. Ele passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só e com poucos recursos.
O reinado de Pedro II veio a um final incomum — ele foi deposto apesar de altamente apreciado pelo povo e no auge de sua popularidade, e algumas de suas realizações logo foram desfeitas visto que o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Os homens que o exilaram logo começaram a enxergá-lo como um modelo para a república brasileira. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional. Sua reputação perdurou até o presente. Os historiadores o enxergam numa visão extremamente positiva, e ele é comumente considerado o maior brasileiro.

Imagens

Ficheiro:DpedroI-brasil-full.jpg
Dom Pedro I


Ficheiro:DomJoãoVI-pintordesconhecido.jpg
Dom João VI
Ficheiro:Dom Pedro II circa 1887.jpgDom Pedro II

O Legado

Os brasileiros se mantiveram apegados a figura do imperador popular a quem consideravam um herói e continuaram a vê-lo como o Pai do Povo personificado. Esta visão era ainda mais forte entre os brasileiros negros ou de ascendência negra, que acreditavam que a monarquia representava a libertação. O fenômeno de apoio contínuo ao monarca deposto é largamente devido a uma noção generalizada de que ele foi "um governante sábio, benevolente, austero e honesto" Esta visão positiva de Pedro II, e nostalgia por seu reinado, apenas cresceu a medida que a nação rapidamente caiu sob o efeito de uma série de crises políticas e econômicas que os brasileiros acreditavam terem ocorridas devido a deposição do Imperador.Ele nunca cessou de ser considerado um herói popular, mas gradualmente voltaria a ser um herói oficial.
Surpreendentemente fortes sentimentos de culpa se manifestaram dentre os republicanos, que se tornaram cada vez mais evidentes com a morte do Imperador no exílio. Eles elogiavam Pedro II, que era visto como um modelo de ideais republicanos, e a era imperial, que acreditavam que deveria servir de exemplo a ser seguido pela jovem república. No Brasil, as notícias da morte do Imperador "causaram um sentimento genuíno de remorso entre aqueles que, apesar de não possuirem simpatia pela restauração, reconheciam tanto os méritos quanto as realizações de seu falecido governante."
Seus restos mortais, assim como os de sua esposa, foram finalmente trazidos ao Brasil em 1921 a tempo do centenário da independência brasileira em 1922 e o governo desejava dar a Pedro II condizentes aos de Chefe de Estado. Um feriado nacional foi decretado e o retorno do Imperador como herói nacional foi celebrado por todo o país. Milhares participaram da cerimônia principal no Rio de Janeiro. O historiador Pedro Calmon descreveu a cena: "Os velhos choravam. Muitos ajoelhavam-se. Todos batiam palmas. Não se distinguiam mais republicanos e monárquicos. Eram brasileiros" Esta homenagem marcou a reconciliação do Brasil republicano com o seu passado monárquico.
Os historiadores possuem uma grande estima por Pedro II e seu reinado. A literatura historiográfica que trata dele é vasta e, com a exceção do período imediatamente posterior a sua queda, enormemente positiva, e até mesmo laudatória. O Imperador Pedro II é comumente considerado por historiadores o maior brasileiro. De uma maneira bem similar aos métodos que foram usados pelos republicanos do começo do século XX, os historiadores apontam as virtudes do Imperador como exemplos a serem seguidos, apesar de que nenhum foi longe o bastante para propôr a restauração da monarquia. O historiador Richard Graham comentou: "A maior parte dos historiadores do século XX, além disso, têm olhado nostalgicamente para o período [do reinado de Pedro II], usando suas descrições do Império para criticar as vezes sutilmente, outras vezes nem tanto os regimes republicanos e ditatoriais subsequentes do Brasil."

Biografia de D. Pedro I


Pedro I/IV
I do Brasil e IV de Portugal
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5f/DpedroI-brasil-full.jpg/200px-DpedroI-brasil-full.jpg
Governo
Reinado
Como imperador do Brasil:
7 de setembro de 1822
até 7 de abril de 1831
Como rei de Portugal:
10 de março de 1826
até28 de maio de 1826
Coroação
Como imperador do Brasil:
12 de outubro de 1822,
Capela ImperialRio de Janeiro
Como rei de Portugal:
22 de junho de 1828
Largo 22 de Junho, Angra do Heroísmo (Ilha Terceira)
Consorte
Antecessor
Herdeiro
D. Pedro II (Brasil)
D. Maria II (Portugal)
Sucessor
Como imperador do Brasil:
D. Pedro II
Como rei de Portugal:
D. Maria II
Casa Real
Dinastia
Títulos
O Libertador
O Rei-Soldado
O Rei-Imperador
Vida
Nome completo
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Nascimento
Morte
24 de setembro de 1834 (35 anos)
Sepultamento
Pai
Mãe
D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon;Queluz12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador e também o primeiro chefe de Estado e de governo do Brasil (de 1822 a 1831), além de ter sido o 28º Rei de Portugal(durante sete dias de 1826), e, portanto, também por sete dias de 1826, o soberano do império ultramarino português. Tendo proclamado a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1822, bem como fundado o Império do Brasil nesse mesmo ano.
Recebeu os títulos de Infante de Portugal, grão-prior do CratoPríncipe da Beirapríncipe real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, príncipe-regente do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, além de primeiroimperador do Brasil, como Dom Pedro I, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, e ainda 28º Rei de Portugal, durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como Dom Pedro IV.
Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ouO Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do oceano Atlântico, como O Libertador —Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
D. Pedro I abdicou de ambas as coroas: da portuguesa para a filha D. Maria da Glória e da brasileira para o filho D. Pedro II. D. Pedro I era o quarto filho (segundo varão) do Rei D. João VI e de sua consorte, DonaCarlota Joaquina de Bourboninfanta de Espanha por nascimento, primogênita do rei espanhol Dom Carlos IV de Bourbon. Tornou-se herdeiro depois da morte do seu irmão mais velho, Dom Francisco de Bragança (1795 - 1801).

Biografia de D. João VI


D. João VI
Rei de Portugal
Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Imperador do Brasil (titular)
DomJoãoVI-pintordesconhecido.jpg
Pela Graça de Deus, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. (1816-1825)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. (1825-1826)
Ordem:
Cognome(s):
O Clemente
Início do reinado:
como monarca de Portugal:
20 de Março de 1816
(regente desde 10 de Fevereiro de 1792)
como imperador do Brasil:
29 de agosto de 1825 (Tratado do Rio de Janeiro)
Término do reinado:
Aclamação:
como monarca de Portugal:
6 de Fevereiro de 1818Rio de JaneiroBrasil
Predecessor(a):
Sucessor(a):
Pai:
Mãe:
Data de nascimento:
Local de nascimento:
Data de falecimento:
10 de Março de 1826 (58 anos)
Local de falecimento:
Local de enterro:
Consorte(s):
Príncipe herdeiro:
Dinastia:
Dom João VI de Portugal (nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de BragançaLisboa13 de maio de 1767 — Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822de facto, e desde 1822 até 1825de jure. Desde 1825 foi o rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Dom João VI também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Dom Pedro Iimperador do Brasil de facto.
Um dos últimos representantes do absolutismo, Dom João viveu num período tumultuado, e seu reinado nunca conheceu paz duradoura. Ora era a situação portuguesa ou europeia a degenerar, ora era a brasileira. Não esperara vir a ser rei; só ascendeu à posição de herdeiro da Coroa pela morte de seu irmão mais velho, Dom José. Assumiu a regência quando sua mãe, Dona Maria I, foi declarada mentalmente incapaz. Teve de lidar com a constante ingerência nos assuntos do reino de nações mais poderosas, notadamente a EspanhaFrança e Inglaterra. Obrigado a fugir de Portugal quando as tropas napoleônicas invadiram o país, chegando à colônia enfrentou revoltas liberais que refletiam eventos similares na metrópole, e foi compelido a retornar à Europa em meio a novos conflitos. Seu casamento foi da mesma forma acidentado, e a esposa, Dona Carlota Joaquina, repetidas vezes conspirou contra o marido em favor de interesses pessoais ou da Espanha, seu país natal. Perdeu o Brasil quando seu filho Dom Pedro proclamou a independência e viu seu outro filho, Dom Miguel, rebelar-se buscando depô-lo. Finalmente, foi provado há pouco tempo que morreu envenenado.
Não obstante as atribulações, deixou uma marca duradoura especialmente no Brasil, criando inúmeras instituições e serviços que sedimentaram a autonomia nacional, sendo considerado por muitos pesquisadores o verdadeiro mentor do moderno Estado brasileiro. Apesar disso, é até hoje um dos personagens mais caricatos da história luso-brasileira, sendo acusado de indolência, falta de tino político e constante indecisão, sem falar em sua pessoa, retratada amiúde como grotesca, o que, segundo a historiografia mais recente, na maior parte dos casos é uma imagem injusta.